Repúdio ao Governo Ricardo
Coutinho
Reunidos na última semana em Maceió, AL, auditores
fiscais de todo o País discutiram temas referentes às organizações sociais, às
lutas dos trabalhadores e ao papel social do Fisco, durante o V Conafisco e
Plenafisco.
Ao final do evento, a Plenária aprovou uma moção de
repúdio ao Governo Ricardo Coutinho pela forma ditatorial com a qual vem
tratando diversos setores da sociedade civil organizada e pelo contumaz
descumprimento de leis. De acordo com a moção, o atual Governo promove o caos e
o desmantelamento, principalmente no serviço público, além de constante
insegurança institucional.
Não dá para aceitar que um governante, em pleno século
XXI, trate os trabalhadores dessa forma.
Papel social do
Fisco
O papel do Fisco na erradicação da miséria foi o tema
central do V Conafisco. Os participantes ressaltaram a importância da união
entre o Fisco e a sociedade para que haja compreensão sobre a função social dos
tributos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Uma das decisões do Congresso foi fomentar
participação do Fisco, entidades da sociedade civil organizada e órgãos públicos
no combate à miséria e cobrar que haja políticas públicas efetivas dos
governantes sobre o assunto.
Auditando a dívida
pública
Outra deliberação da Plenária foi pela intensificação do
trabalho dos núcleos estaduais para discussão da auditoria da dívida pública. O
objetivo é verificar se os pagamentos da dívida externa estão dentro da
legalidade e se as sucessivas negociações trouxeram prejuízo ao erário.
De acordo com dados da Auditoria Cidadã da Dívida
Pública, cerca de 47% do PIB brasileiro vai para o pagamento de juros e
amortizações da dívida. Enquanto isso, a saúde, por exemplo, fica em torno de 4%
do Produto Interno Bruto.
Números para pensar se é dessa forma que se pretende
mudar o país.
Lutas
internacionais
A Fenafisco irá se filiar ao ISP, Internacional de
Serviços Públicos, organização internacional dos servidores, conforme
deliberação da V Plenária da Federação. A filiação tem como principais objetivos
a troca de informações e o engajamento nas lutas, que são semelhantes no mundo
inteiro.
Com a organização internacional, os
servidores demonstram que só com a união poderá se construir um mundo
melhor.
Nota baixa para a
educação
Em 2005, o MEC estabeleceu metas para que, na próxima
década, o ensino brasileiro atinja qualidade compatível com os países
desenvolvidos. Para verificar se os Estados estão alcançando as metas, foi
criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Na Paraíba, o atual governo está contribuindo para
tornar esse índice abaixo do ideal. No Ensino Médio, essa foi a primeira vez em
que houve recuo do IDEB no Estado. Das dez piores notas do Ensino Médio do IDEB
no Estado, oito são de escolas da rede estadual.
Em vez de fechar escolas e perseguir professores, o
Governo deveria estar mais preocupado com o nível da educação no
Estado.
Debate com
prefeitáveis
O primeiro debate com prefeitáveis promovido pelo Fórum
dos Servidores será realizado no dia 4 de setembro, com os candidatos de Campina
Grande. O evento, que já tem local confirmado, será realizado no Auditório do
Colégio das Damas.
As questões do debate serão sobre o tema
Gestão Pública, nas quais os candidatos terão a oportunidade de apresentar suas
propostas para a cidade de Campina Grande.
Força contra o
direito
Na última semana, os servidores da Justiça Eleitoral, em
paralisação pacífica, foram intimidados pela presença do batalhão de choque da
Polícia Militar no TRE-PB, chamada a pedido da administração do
Tribunal.
O Sindifisco-PB lamenta que, em pleno Estado
Democrático de Direito, seja utilizada a força contra o direito legítimo de
manifestação pacífica da categoria. A força policial, que serve para proteger o
cidadão, não pode ser ferramenta para reprimir movimentos.
Judicializando os
movimentos
O Governo Federal, do qual se esperava ao menos o
diálogo para um acordo com os setores do serviço público em greve ou
paralisados, continua oferecendo propostas fora da realidade e inaceitáveis para
os servidores.
Esta semana, o STJ afirmou que “não irá tolerar abusos
nas greves”. Na história, os trabalhadores lutaram muito para ter o direito a
ser organizar e, agora, sofrem cada vez mais retaliações do Governo.
Como se não bastasse, ainda há uma parte do Judiciário
que pensa que o movimento dos trabalhadores é contra a sociedade. A organização
dos trabalhadores é um direito legítimo conquistado nas ruas e os conflitos
devem ser resolvidos com diálogo e negociação.
0 comentários :
Postar um comentário