Atividade movimenta até R$ 2 mil/mês por produtor, dependendo do manejo aplicado e outras técnicas, que serão estimuladas durante seminário de apicultura do Inova Sertão
Um dos eventos do Inova Sertão é o 7º Seminário Sertanejo de Apicultura e Meliponicultura, que será realizado nesta sexta-feira (18), na cidade de Sousa. O Sebrae tem um projeto de apoio ao apicultor na região, voltado ao desenvolvimento do agronegócio. São atendidos cerca de 100 produtores do Alto Sertão paraibano, que produzem, em média, 200 toneladas de mel por ano. Um dos destaques do Seminário é a palestra show do goiano Adam Ilusionista.
Apesar da estiagem mais acentuada no Sertão, novas técnicas de manejo estão sendo passadas aos apicultores, como a verticalização de colmeias, um manejo de alta produtividade que está sendo difundido na Paraíba, segundo o gestor do projeto de Desenvolvimento Setorial do Agronegócio do Sebrae, Fabrício Vitorino. Ele disse que a produção caiu mais da metade por causa da seca. “Mesmo assim, quem quer continuar produzindo deve procurar capacitação e este Seminário veio para estimular o setor”, falou.
Ele executa o projeto em oito cidades do Sertão e mais de dez produtores já usam o método da verticalização de colmeias. Uma dessas cidades, Triunfo, enviou 20 toneladas do produto para o Ceará no ano passado. O apicultor Francisco Carlos Pereira, por exemplo, apostou na verticalização e lucrou com isso. De acordo com o consultor de apicultura do Sebrae em Sousa, José Dinaldo Vilar, o método foi trazido de Cuba, há um ano, para o Sertão paraibano.
Dinaldo informou que produtores que se destacam atualmente são os que investem no conhecimento e buscam informações. “Tem produtor que consegue fazer R$ 2 mil/mês produzindo quatro toneladas de mel. Geralmente, são os que aceitam e praticam as novas técnicas. Temos oito unidades de beneficiamento de mel no Sertão. Elas permitem melhor qualidade do produto, como também possibilitam aberturas de novos mercados”, explicou.
Fabrício lembra que o Seminário já ocorre há muitos anos e vem inserindo as novas técnicas de sustentabilidade na apicultura sertaneja como forma de competitividade no mercado brasileiro. Para participar, o apicultor deve se inscrever com antecedência.
Verticalização - No método tradicional, o apicultor usa dois compartimentos, ou seja, um ninho e uma melgueira. Com isso, ele consegue retirar, no máximo, 10 kg por coleta. Já com a verticalização de colmeias, utiliza-se ninho sobre ninho e quantas melgueiras forem necessárias. Esse número varia de acordo com o tamanho do enxame, proporcionando ao apicultor o aumento da produtividade para 15 kg por coleta.
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