As eleições deixaram feridas que ainda não têm data para cicatrizar. Em quatro partidos, por exemplo, o racha provocado pelo pleito deve perdurar por muito tempo. Em crise, PSDB, PMDB, PTB e PT ainda não definiram seus rumos.
PMDB - No PMDB a crise ganhou proporções maiores depois das adesões dos deputados estaduais Quinto de Santa Rita e Iraê Lucena, e do prefeito de Santa Rita, Marcos Odilon, a campanha do governador eleito Ricardo Coutinho (PSB). Além disso, o partido conta com a insatisfação do ex-prefeito de Sousa, Salomão Gadelha, que inclusive, já chegou a pedir o afastamento do governador José maranhão da direção estadual do PMDB.
Os primeiros a demonstrarem publicamente suas insatisfações com o próprio Maranhão e com o PMDB foram Quinto e Marcos Odilon, logo após o ex-gestor de Sousa e por último a deputada Iraê Lucena, filha do ex-senador Humberto Lucena. Sem contar os vários prefeitos que tomaram a mesma decisão.
O presidente do partido na Paraíba, Antônio Souza, já disse que vai levar o caso de Iraê ao conselho de ética e que a penalidade para a deputada poderá ser a expulsão. Quanto a Marcos Odilon e Quinto de Santa Rita, o presidente da legenda não se pronunciou.
PSDB – Outro caso emblemático é o PSDB. No segundo turno, o presidente estadual da legenda, senador Cícero Lucena, se engajou na campanha de José Maranhão (PMDB), que tinha como vice Rodrigo Soares (PT). Além de Cícero, vários prefeitos tucanos e os deputados João Gonçalves (PSDB) e Fabiano Lucena (PSDB), entre outras lideranças, subiram no palanque do peemedebista.
No outro palanque, estavam o deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB), candidato a vice-governador na chapa de Ricardo Coutinho (PSB), o ex-governador Cássio Cunha Lima e vários deputados tucanos, a exemplo de Romero Rodrigues, Dinaldo Wanderley, Antonio Mineral e Zenóbio Toscano.
O secretário geral do partido, João Fernandes, defendeu uma separação amigável do ex-governador Cássio Cunha Lima e do senador Cícero Lucena, caso a união entre os dois não seja mais possível. Cássio já disse que não guarda mágoas e que a legenda ainda pode manter seus militantes unidos. Já Cícero ainda não se pronunciou.
PTB – O mais ferido na crise provocada pelas eleições 2010 foi sem dúvida o PTB que além de rachar não conseguiu eleger ninguém. De um lado a família Dunga, onde o suplente de senador do socialista Ricardo Coutinho contrariando a decisão da legenda estadual comandada pelo deputado federal Armando Abílio que defendeu o projeto de José Maranhão (PMDB).
O diretório de João Pessoa, comandado pelo vereador Tavinho Santos, também fechou parceria com o peemedebista este ano se candidatando a suplente de senador de Vital do Rêgo Filho eleito para ocupar uma vaga no Senado Federal.
PT – No PT a crise parece estar com os dias contados, mas ainda não tem data para terminar. O presidente estadual da legenda, Rodrigo Soares, contrariou a ala petista liderada pelo deputado federal reeleito Luiz Couto, e se candidatou a vice-governador na chapa de José Maranhão.
Derrotado nas urnas, Rodrigo Soares agora vê seu destino dentro do partido estar prestes a ser decidido pelos seus “opositores”, já que serão os deputados eleitos Luciano Cartaxo, Frei Anastácio, Anísio Maia e Luiz Couto quem definirão os próximos passos da legenda.
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Eleições provocam racha em 4 partidos; crise interna ainda não tem data para ser resolvida
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