Aconteceu no Patos Water Play, em Patos-PB, uma capacitação para médicos e enfermeiros oferecida pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde do Estado, sob título de classificação de pacientes com dengue. Pretende-se, com esse treinamento, que os profissionais de saúde possam identificar precocemente se o paciente tem ou não risco de evoluir para um quadro de febre hemorrágica e assim reduzir as estatísticas de óbitos decorrentes da doença.
A dengue na Paraíba, segundo prognóstico do Ministério da Saúde, apresenta risco muito alto para uma epidemia. A Secretaria de Estado da Saúde vem monitorando todos os dados semanalmente através de diagrama de controle. “Percebemos que existe uma aumento de notificações em relação ao período, mas que isso não se configura como uma epidemia”, acrescentou Julia Vaz, gerente executiva de Vigilância em Saúde da Paraíba.
Ela informou que no momento o Estado está investindo em educação da população, já que essa é a principal estratégia do Ministério da saúde. Julia comentou que os municípios estão fazendo sua parte, desenvolvendo ações educativas, de combate ao mosquito, mas fez um alerta, afirmando que não existe controle da dengue se a população não estiver junta com o setor saúde. “Quando a população está ativa nesse processo, 75% do controle de dengue ficam com ela e 25% com a saúde. É muito importante que as pessoas estejam vigilantes de seus espaços, de seus domicílios, não deixando a água acumulada de maneira propícia à reprodução do mosquito”, comentou.
Segundo Paz, no último boletim da dengue 2.010 casos de dengue já haviam sido notificados, sendo que 195 foram confirmados, 58 descartados e o restante em processo de investigação. Patos, por apresentar maior número de casos, tem sido alvo de acentuada preocupação. Julia Vaz falou que é preciso a intensificação das ações de controle vetorial e que a parceria com os municípios, o Estado oferecendo suporte e eles executando as ações, é fundamental para a luta contra a dengue.
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