Na companhia de nomes importantes da executiva nacional do PSDB, o deputado federal paraibano Ruy Carneiro, participou do debate sobre o processo de desindustrialização do Brasil, promovido pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), com a participação do economista Mansueto Almeida.
O encontro, voltado para as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado, fez parte do projeto "A Nova Agenda: Desafios e Oportunidades para o Brasil". Ruy Carneiro dividiu a mesa com os senadores Cássio Cunha Lima (PB), Aécio Neves (MG) e Flexa Ribeiro (PA).
-O objetivo é reunir os parlamentares do partido para discutir as grandes questões nacionais. Verificamos neste momento que a indústria parou de crescer e perde participação no mercado. E não vemos qualquer política para compreender o problema, destacou o presidente do ITV, Tasso Jereissati, na abertura da reunião.
Para Ruy Carneiro é importante o compartilhamento da vivência de cada parlamentar. Segundo ele, esse é um fator importante no processo amadurecimento político e partidário. “É fundamental participar e compartilhar experiências. O PSDB tem um papel muito importante na política brasileira. Fomos escolhidos pelo povo para fiscalizar, e assim devemos fazer com responsabilidade e conhecimento técnico da realidade do país”, comentou Ruy Carneiro.
Durante sua exposição, o economista Mansueto Almeida afirmou que a expansão do gasto corrente nos últimos anos deixou o país sem folga fiscal para promoção desonerações tributárias e realização de investimentos públicos.
Na visão de Almeida, a escalada do gasto público ocorreu principalmente a partir de 2008, com o suposto argumento de se combater a crise financeira internacional. "Política anti-cíclica é feita com aumento de investimento público, mas o que se viu foi o crescimento da arrecadação e do gasto, associados a uma diminuição da capacidade de investimento público", observou.
Por fim, Almeida afirmou que o cenário para os próximos anos é de preocupação. "Temos grandes desafios para resolver. Sem uma política adequada, o crescimento do país vai passar a ser definido não na Esplanada dos Ministérios, mas na China", assinalou, ao lembrar que os custos de produção no país estão muito altos em função de uma excessiva carga tributária e da dependência da economia brasileira do crescimento chinês.
Com informações do ITV
Foto: Janaina Miranda
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