A
entidade defendeu que os R$ 66 bilhões, prometidos pela presidenta,
cheguem primeiro nos municípios nordestinos. E criticou os gastos com a
copa, sem a preocupação maior de se matar a fome dos mais pobres.
O
presidente da União Brasileira de Municípios (Ubam), Leonardo Santana,
entregou hoje documento da entidade à presidenta Dilma Rousseff, expondo
a situação insuportável vivida pelas populações rurais de 1.134
municípios nordestinos, devido o predomínio da seca, que continua
causando sérias conseqüências para a atividade rural, comprometendo
ainda mais a economia dos estados e municípios.
No
documento, o presidente da Ubam fez referência aos 66 bilhões de reais
que a presidenta prometeu aos prefeitos, durante Encontro em Brasília,
ressaltando que esses valores devem contemplar primeiramente a
construção de novas barragens, recuperação das já existentes, criação de
cooperativas agrícolas patrocinadas pelo governo, adoção de medidas
emergenciais que possam levar águas às mais longínquas regiões, aonde a
mortandade de animais chega a 80 por cento do rebanho, a anistia para os
pequenos criadores, que perderam seus animais, adquiridos através de
financiamento com os bancos oficiais e a urgente retomada das obras da
transposição do São Francisco.
Leonardo
ressaltou que é visível o considerável aumento do número de mendigos
que estão dormindo nas praças e calçadas públicas das capitais, que
também se somam aos pedintes que aglomeram os semáforos, o que comprova,
segundo ele, que milhares de pessoas estão abandonando a zona rural e
correndo para a cidade, em busca de sobrevivência.
“Se
uma medida mais adequada não for tomada pelo governo federal, teremos a
instalação de um caos social, com significativo aumento da miséria e,
por conseqüência, da marginalidade e violência urbana, algo que já se
mostra insuportável, tendo em vista os índices atuais”. Disse Leonardo.
Mesmo
com registro de chuvas em áreas isoladas, a situação da estiagem vem se
alastrando na maioria dos municípios da Região do Semi-Árido, ameaçando
trazer conseqüências perigosas para a agropecuária, desencadeando um
processo de perda irreparável. De acordo com levantamento da UBAM, as
chuvas ocorridas durante esse mês de janeiro foram consideradas de
volume insignificante. Por isso, é preciso, segundo o dirigente
municipalista, que a presidenta declare “Situação de Emergência”, para
que se tome as precauções necessárias e. depois, não se tentar remediar o
irremediável.
Assessoria
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