O padre Djacy Brasileiro está mobilizando a população pelas redes sociais para o “Dia D da Transposição contra a Seca”. Ele convoca a população dos 202 municípios (90,5%) que estão em situação de emergência por causa da estiagem para que façam protestos organizados na próxima quinta-feira (15). Em Pedra Branca, no Sertão, onde ele mora, ele organiza uma caminhada às 10h e vai construir junto com a população uma cruz de latas vazias. O protesto saíra da frente da igreja da cidade, no Centro.
De acordo com o padre, passado o período invernoso, a situação no Sertão deverá piorar. “As chuvas não foram suficientes para encher reservatórios e açudes. No Vale do Piancó, a situação melhorou um pouco, mesmo assim, as chuvas só serviram para nascer pasto para ser utilizado como comida dos animais. A colheita este ano será zero. Muitas pessoas plantaram, mas perderam toda plantação. Já no Sertão, a situação está caótica e o cenário é traumático”, disse.
Por causa dessa situação, o padre Djacy Brasileiro está organizando um protesto para alertar a população sobre a necessidade de agilidade das obras do projeto de transposição do Rio São Francisco. Há dois meses, ele visitou o lote sete, em São José das Piranhas e as obras estavam paralisadas. “Estamos cansados de soluções paliativas, carros-pipa ajudam, mas não são suficientes para abastecer a população. O sertanejo precisa de obras estruturantes, que resolvam o problema da seca”, concluiu. Ele completou informando que, após a caminhada, será feita uma carta reivindicatória que posteriormente será enviada para as autoridades competentes.
Contaminação de Coremas: Estado pode traçar plano de abastecimento
Um laudo elaborado pela Unidade Regional de Controle da Qualidade da Água, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) detectou que a água do açude de Coremas Mãe D’Água está imprópria para o consumo humano. Apesar disso, o secretário de Estado da Infraestrutura, Efraim Moraes, disse que não recebeu nenhum documento oficial e irá aguardar um laudo da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) e da Comapnhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). “Apenas após o laudo da Aesa e da Cagepa iremos nos pronunciar e, se for o caso, traçar um plano de abastecimento de água para que a população não seja prejudicada. Estamos buscando recursos junto ao Governo Federal para garantir o abastecimento das 202 cidades que estão sofrendo com a seca”, explicou. O laudo da Funasa analisou amostras coletadas no açude e diagnosticou que apresentaram coliformes totais, que indica a contaminação com material fecal. Segundo a análise, a situação está ocorrendo porque o açude - o maior do Estado com capacidade para 1,3 bilhão de metros cúbicos - não tem estação de tratamento.
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